domingo, agosto 1

OVNI

No lado de fora um invasor, um objeto não identificado voando, objeto voador não identificado.
Ela correu, ainda sem saber o que fazer, gritou a todo pulmões advertências àquela coisa vermelha e arredondada. A coisa pareceu não se importar, voava tranquilamente como se voa sem instrumentos, se o vento ia pra lá ela ia também, e pra cá. Num momento uma escolha que poderia representar tanta coisa, viver e deixar viver, ai é que estava a grande questão, qual decisão representava melhor opção de vida? Um ataque impensado e precipitado arruinaria qualquer chance mesmo que ínfima de derrotar o objeto, mas dar tempo parar que o invasor se estruturasse também significaria uma derrota.
Num momento o pouso, suave como uma pena, suave como tanta coisa que a gente faz questão de esquecer. Agora era a hora de decidir, o quê fazer? Um invasor no quintal de casa, correr pra buscar reforços parecia uma boa opção, foi o que fez.


Então eu fui até o quintal ver o motivo de a cachorra não parar de latir, estourei a bexiga que tinha vindo da festa no vizinho e voltei a dormir.