quarta-feira, agosto 22

A do Renato


Quem acredita sempre alcança? Talvez.
Quem acredita segue em frente, não desiste tão fácil. Quem acredita age mais e fala menos. Quem acredita comemora na hora e do modo certo. Quem acredita enxerga a dificuldade do tamanho exato que ela é, mas continua acreditando. Quem acredita caminha mesmo na estrada mais escura. Quem acredita tem medo. Quem acredita persiste, seja no luto ou no júbilo. Quem acredita não se ilude com os falsos abraços, mas faz casa no sorriso amigo. Quem acredita permanece, faz-se constante e não deixa de ser mutável. Quem acredita cresce e faz do tempo um companheiro fiel.
Quem acredita luta, sonha, chora, ama.
Não, quem acredita nem sempre alcança, quem acredita sempre vive.

domingo, junho 24

6 a.m

Pedaço meu.
Saiu para passear,
Tomar um sol numa noite de luar.

Andou meio perdido.
Juntando migalhas pelo chão, lá se foi ele: devaneios.

Tropeçou nas pedras
(calçadas de Curitiba!)
E então, de cara no chão, sorriu pra uma poça barrenta
Achara uma moeda velha, grande achado.

Pedaço, quem sabe nós?
Quem sabe um dia se/te encontrar?

quinta-feira, janeiro 19

Sabonetes

A música do Milton descreve sua marília num louro-girassol.

E eu, em que pesem as andanças do cotidiano mecanizado criado pelo comum, faço meus desejos vagando nos pensamentos da minha. Há de se entender que nem tudo é como queremos, mas as canções atenuam o peso das notas graves e nos reconstroem em sonhos.

Quero eu também, como nas centenas de letras que já enviei, pintar sua monalisa, fazer do nosso sorriso a obra-prima. Uso os dias de pincel, e de tintas cada palavra jogada, cada abraço, cada beijo.

Se és flor, então abra as pétalas ao Sol, e teus braços para os meus.